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terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Soneto do meu Sertão

Empunharei a minha rabeca
o com dó eu hei de dizê
que de carqué hora em diante
eu serei cego pelo sol.

Num vim de lá por causa de si!
O que mi'ncanta é a luz
que tem consigo um calorinho
que acarinha a pele.

Cê nunca há de se minha ré!
Num é tua curpa o meu desejo
de vorta acá pra cantá.

Nesse sertão o povo fá'zueira
e dibaxo do lumieiro
escuta minh'alma em canção.

Rafael Paixão
Poema Registrado

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