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domingo, 17 de fevereiro de 2008

Marcas de minha vida

Minha tatuagem se fez sem sangue.

Porém houve em mim um padecimento

Que nasceu em meio às sombras.

A árvore do desprezo cresceu em nosso quintal,

Foi a minha vista que ela avolumou-se

E sem perceber roubou-me o valor que tinha.

Deixei de ser caro para o teu viver.

Tornei-me um estranho para aquela que amo!

Você se amedronta! Tem medo de nós...

Isso só aconteceu porque houve sombras.

Não tive forças para cortá-la. Que angústia!

Que a marca que ficou em mim me recorde

A necessidade que tenho do teu amor

E a vontade de mostrar-lhe meu estigma.

Rafael Paixão

Poema registrado

4 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom seus poemas Rafael. Você além de matemático nato é também assim um escritor. Vai um poema meu para vc avaliar:

Presente

Em meu desespero
Empurrei a mesa,
Derrubando dela o vaso de flores,
Que continha as minhas lágrimas,
As quais eu ia ofertar à vida,
Para ver se assim
Ela teria humildade, o suficiente,
De me secar os olhos.


Priscila
Aluna do Siga INSS Resende

Unknown disse...

Priscila, é lindo!
Minha irmã é professora de Letras e adorou também.
Confesso que o nome me enganou, pois como a palavra presente tem vários significados eu esperava outra conotação. Muito bom! Surpreende!
Um abraço!

Viviane Veiga Távora disse...

:o)

Unknown disse...

Obrigado pelo sorriso!