No balanço das folhas verdes
está escondido o vento.
Com o ondular do lago azul
tem oculto um corimbatá maroto.
Em pintas coloridas da vegetação
vive discreta a meiga joaninha.
Permeado aos galhos emaranhados
ergue os olhos o louva-deus.
Como nos é importante cada um deles,
mesmo que seja desapercebida
sua passagem pelas nossas vidas.
Uma cor alegre, um salto que culmina
em um mergulho que inveja o desenhista.
O cabelo afagado e a pele arrepiada.
Quem sou eu? A asa da joaninha?
Ou sou as mãos do louva-deus?
Estou perturbando a tranqüilidade do lago?
Penteio os espessos cabelos dourados?
Não importa... Sei que sou algo!
Talvez alguém que pensa.
Rafael Paixão
Poema Registrado
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