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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Alguns sentidos

Eu fecho os meus olhos
na esperança de poder
encontrar os seus,
mesmo que de relance!

Na maioria das vezes
o que eu vejo são trevas!
Não sei se essas trevas
são minhas ou se são suas.

Se forem minhas, elas são
o reflexo da minha espera.
Porém, se forem tuas,
são o que sobrou do perdão.

O erro não pode ser esquecido,
ele não foi sequer diluído...
Na verdade ele se aglutina,
tanto o é, que tornou-se escuridão!

É escura a minha espera infundada
e é negra a sua natureza irredutível.
Assim vamos com as mãos soltas
caminhando infelizes em qualquer direção.

Nossos caminhos, de vez em quando,
se cruzam para que
eu não esqueça da espera
e você da página que sempre volta a ler.

Mas em meios a sons metálicos
eu quero ensurdecer, até a alma,
e assim deixar de escutar
a mentira que teimo em acreditar.

Rafael Paixão
Poema Registrado

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