A solidão nada mais é que um ser estar sitiado.
Ao contrário do que sempre pensei,
o solitário é aquele que nunca está só.
No coração ele colocou a saudade,
às mãos impõe a companhia fria da sudorese,
no pulmão há aquele inspirar farfalhado
e ainda com seus passos ele aprisionou a tristeza.
Como uma cidadela observada pelos invasores
o solitário despreza o que vem de fora dos portões!
Nada de amigos! Eles são somente escarne...
Desdém os olhares de desejo, pois nele há coragem!
Como nos conta o tempo, desde muito cedo,
os sitiados morrem de inanição e apatia.
Com os solitários nunca será diferente...
Rafael Paixão
Poema registrado
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