Levantaste o teu escarpado pra tentar ver o mar.
Será que conseguiste de longe o avistar?
Eu acredito que sim, embora não me digas.
Mas, dizem por aí que um dia ele banhou os teus pés!
Em resposta e este fino trato, formaste em si
um baú para guardar o que um dia tiveste.
Enquanto isso, permeiam em tuas entranhas as conchas,
que por um instante te lembra a voz do mar.
Foi esta a causa de serdes aquela que chora?
Por isso as águas correm pela tua fronte?
Ó grande emaranhado de lágrimas...
Te ergueste e assim te agigantaste,
pairando assim teus olhos saudosos sobre ele.
Pois tu, Mantiqueira, ainda choras pelo mar...
Rafael Paixão
Poema registrado
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