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quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Não havia...

Não havia em mim esta veia.
Pra mim o amor era bom,
só era capaz de fazer o bem.
Daquele tipo que afaga a cabeça!
Pois, ainda não havia em mim esta veia.

Não corria em mim este sangue.
Sangue velho que me envenena!
Ele é minha embriagada cicuta atemporal,
que esqueceu de mandar morrer ou matar.
Não havia em mim este sangue.

Cada vez que falava de amor,
pensava eu, infante eu, nas coisas boas:
O desejo, o cacho solto, a pele...

Mas agora em mim ele mata,
cada vez que o coração dispara
e espalha este sangue que em mim não havia.

Rafael Paixão
Poema registrado

Um comentário:

Anônimo disse...

ah Paixão. Pense você que o sangue é essencial para a vida. A vida, segundo Aristóteles, deve estar dentro de uma política ligada à ética, onde o objetivo maior é a FELICIDADE. Busque a sua.