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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Daltônico

O vermelho que sobe à cabeça e deixa o homem cego,
cai do céu e rega a terra no nascer luminoso de cogumelos.
Ilumina as tardes de espectadores sonhadores,
que na mistura de quentes e frias cores, divagam.

O vermelho que é vida e se faz morte quando escapa.
A mistura entre mãe e filho se dá "en rouge"!
A vida se faz em rubidez, é nele que a mesma flui,
e talvez seu cheiro ferruginoso embale a canção da morte

Ele não é a minha cor preferida, mas pense:
O que seria do fogo? Ele arderia em verde?
E no cume do monte veríamos árvores consumidas em si!

O que maravilha seria senão azul e vermelho?
Que a beleza do príncipe negro me extasie
e que assim eu encontre novamente minha visão.

Rafael Paixão
Poema registrado

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