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quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Ilusória existência

Olhei no horizonte e uma solitária estrela
olhou para o amante que aqui jazia...
Olhei mais uma vez e diante de sua infinitude
imaginei o quão mirrado eu aparentava a ela.

Então, devido a distância, enchi o peito de força e disse:
por que esta solidão nos maltrata?
E ela, em resposta, se encheu de luz e explodiu!
A solidão era somente minha. Não era dela.

Na verdade, ela já não existia, pois eis que
aquilo que vira, e para quem eu falara,
era só um restício do que outrora fora.
Hoje, ontem e antes, muito antes, não há nada lá.

Rafael Paixão
Poema registrado

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