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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Ensaio sobre o CASAMENTO por um solteiro...

Ode à liberdade! Deus salve a independência! Viva a autonomia! Brados à auto-suficiência! Eu quero é paixão!

Todas essas expressões definem muito bem o solteiro genérico e igualmente todas elas são antônimas de casamento... O que une duas pessoas, é um sentimento que se chama paixão, fugacidade, vivacidade, sedução, e o meu preferido: tesão!

O casamento serve pra quê?

Enquadramento social? Alienação em massa? Fidelidade? Ou uma forma legal de pegar metade do que o seu parceiro possui? Senti um pingo de sarcasmo! Mas foi uma piada legal...

Pois bem, CASAMENTO assusta! Se eu tenho um relacionamento estável, fixo, sou fiel, sou leal acima de tudo, tenho uma rotina bacana, simples, nada extravagante, nada anormal do que seria uma rotina de um casamento, segue a pergunta óbvia: O que mudaria? Uma aliança dourada no dedo? Pra quê?

E digo mais: O casamento impõe limites! Ele é o ápice da homogênese.

Sou heterogêneo, gosto de ser eu, gosto de ter minhas opiniões, gosto de fazer o que eu quero, gosto de ficar sozinho...

O casamento elimina isso de mim, retira minha individualidade.

OK!Tudo bem! Vamos casar?

Eu na minha casa e você na sua! E tudo de papel passado! A minha é minha e a sua é sua! Negócios a parte...

Hoje vamos dormir onde? Vamos almoçar onde? Vamos transar onde? Na minha casa ou na sua?

Pode ser que eu queira dormir sozinho!

Quero pintar tomando um doze anos... Quero beber a noite escutando sozinho Bach! Preciso criar: jogos, quadros, provas, apostilas, postagens para o blog... Meu, meu! Como diria o Doutor Abobrinha do Castelo Rá-Tim-Bum...

Essa incessante necessidade de individualismo (e retifico; quem não sabe o verdadeiro significado do que é individualismo, que, por favor, pare de ler agora) me faz amar (não sei se a palavra seria exatamente essa) o outro, como o é, com suas manias, com seus hábitos, com seu sorriso...

Não gosto de me sentir consumido, sugado; gosto de saber que ir e vir é uma dádiva que não perderei jamais... Sou um monstro? Seria melhor o suicídio?

Casamento... Bah! O que um amante (aquele que ama) sente, é o suficiente se realmente quer um "viveram felizes para sempre"!

Cada um no seu castelo encantado e vez ou outra... Suba no meu cavalo branco que eu te coloco pra dormir do meu ladinho.

Rafael Paixão

Crônica Registrada

4 comentários:

Valdivia #10 disse...

Sempre tive essa mesma linha de pensamento e acredito que vou levá-la por muito tempo. Simplesmente perfeito.

Unknown disse...

nao que eu pense igual a você ,pq tenho 17 anos ainda auhsauhash.
mais gostei muito da crônica ,quem sabe no futuro não terei esse mesmo pensamento.

Pastoral do Colégio do Carmo disse...

Interessante seu pensamento...GOSTEI muito da crônica....mas também percebo o casamento como algo profundo e intenso....compartilhar a vida com uma outra pessoa...é amar!
Como dizia um poeta: " Não existe AMOR isento da dor."
abraço

Pablo Treuffar disse...

CASAMENTO

Mulheres querem casar
Assim
Assinando a papelada
Aliança no dedo
Padre abençoando união
Pronto!
Corroboram o amor
O amor delas
O meu não
Papel...
Não preciso de papel pra validar meu amor
Papéis assinados remetem a negociatas burocráticas visando ao beneficio de poucos
Não vou associar meu amor a isso
Amor é puro
Não é burocrático
Papel...
Só tarja amarela!
Aliança...
Não preciso de anel nenhum pra dar provas de amor
Anel eu gosto do outro
Esse mesmo!
Troque a letra “E” da palavra anel pela letra “A”
Vai entender o anel que eu gosto
Iabadabacu
Hehehe...
Padre...
Não preciso de padre legitimando união
Comedores de criancinhas, representando uma igreja católica, fazedora de maldades inumeráveis à sociedade humana não vão NUNCA abençoar o meu amor.
Não preciso dessa trilogia: Padre, papel, aliança.
Não preciso mesmo
Em tempo algum
De jeito nenhum
Minha aptidão é outra
É
Destarte
Todos os dias acordar sorrindo ao lado da mulher amada
Todos os dias dormir sorrindo ao lado da mulher amada
Todos os dias recordar o primeiro beijo da mulher amada
Todos os dias sentir o pau duro pensando na mulher amada
Todos os dias fazer sexo promíscuo com a mulher amada
Todos os dias ratificar amizade respeitosa pela mulher amada
Todos os dias aceitar a mulher amada
Todos os dias dizer “eu te amo” pra mulher amada
Todos os dias permanecer louco ao ver a mulher amada
Todos os dias rir de chorar com a mulher amada
Todos os dias ouvir a mulher amada
Todos os dias falar o quão linda é a mulher amada
Todos os dias olhar fascinado pra mulher amada
Todos os dias sentir-se casado com a mulher amada
Sem fim
Casamento é morar junto
Etimologia
A palavra casamento é derivada de casa
Moro junto
Sendo assim
Eu me declaro marido da mulher amada

Pablo Treuffar