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sexta-feira, 21 de março de 2008

Os grilhões e o cautério

O pranto não apaga o fogo da paixão...
Ele excita o fole e torna rubro o cautério!
Mas ainda esperas por mim,
pois fiquei perto e tão longe de ti.

Eu sei que, haja o que houver,
esperarás por mim... Eis que viajei!
Fui para outro coração ali do lado
e você percebe minha ausência.

Essa paixão que te maltrata
me faz prisioneiro de suas lágrimas,
e por mais que queiras evitar,
um dia eu partirei do seu lado!

Meu pensamento já não está com você.
Minhas mãos nunca foram suas
e aqueles beijos foram só de cinema.
Liberta-me do teu pranto!

A paixão é um torturador lento,
que aprimora os seus meios implícitos
com o roubar do tempo que tens.
Dá-me a chave dos grilhões!

Tu manténs meu pulso preso pela prata,
e o ferro do cautério lhe fere o peito.
Vamos caminhar ao vento!
Um irá a favor e o outro contra.

Liberdade tardia e vindoura!
Cansei-me de ti, do teu respirar,
do teu olhar comprido e mendicante. Adeus!
Não ficaremos amigos. Nunca fomos!

Rafael Paixão
Poema Registrado

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