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sexta-feira, 21 de março de 2008

Minha mãe

Queria falar nesse poema
das coisas que sinto e senti,
mas na verdade deparei com o impossível,
pois o que queria descrever
está impresso no peito
e não tem tradução.

Como falar do seu amor
feito com doação?
E me perderia ao lembrar
de tudo que rimos e choramos juntos,
rindo dos sofrimentos
e chorando com as alegrias.

Não há palavras ou imagens!
Não posso agradecer a vida
e o empenho em me formar o caráter,
sem esquecer do ombro...
Ombro que foi meu
e de tantos outros.

Aqui escreveria um livro!
Só para contar ao mundo,
para que saibam,
as histórias dos outros, todos.
Mãe, mãezinha, seus cabelos já refletem luz
externando aquilo que seu coração sempre fez.

É doce compartilhar o fel contigo
e com que alegria partilhamos tristezas.
Nunca poderei, em canção ou poema,
expressar verdadeiramente o que penso
ao saber que por mais distante que estejamos
não há como separar nosso único coração.

Rafael Paixão
Poema Registrado

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