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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Metamorfoseada Odisséia

Os veios acumulam histórias antigas
e não prendem o tempo em teus enredos,
inevitavelmente dormentes, ao jovem amante.

Cai a noite e vem a ausência de luz,
enquanto ele deseja, no solilóquio ardente
um tanto de poesia e pensamento...

A escuridão se equilibra em tuas lágrimas
atentas ao amor que se ilumina da lembrança
e acende o dia do derradeiro encanto;

Vem a aurora, entre frestas de barro,
próximo do tempo que faz crescer a vontade
na expectativa dos doces seios amados...

Estende-se aquela sombra antiga sobre ele.
O virtuoso corpo pesa e tira o ar do amante,
que em espasmos faz com os olhos uma nova odisséia...

Rafael Paixão
Poema Registrado

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