Noites de inspiração,
manhãs que fortalecem,
madrugadas para grandes colóquios.
Uma longa sequência de dias
tortos que, em vão,
me mostram possibilidades.
Mas um homem,
que ainda ama a mulher errada,
se cega com a condicional
e não vê ou percebe
as sutilezas das quais
o tempo se arma.
Se isso,
se aquilo!
Seja assim ou
serei como tal...
Vou sendo!
Sede!
Tenho sede dela e
dos seus olhos tortos!
Tenho sede dela e
dos seus peitos murchos!
Tenho sede dela e
do seu amor fingido...
Falido!
Bandido!
Metido e
metido de novo.
Que cupido
maldito!
Tua seta não tem gume,
e tuas asas, tal como estrume,
me fartam com tanta merda
que não me sai das narinas,
não sai da lembrança
e insisto: me cegam!
Sigo meu devaneio
no qual quero o que não tenho,
o que não posso,
aquela não me dá mais!
Sigo cego mas não mudo...
Vou cantado tantos odes!
R. Paixão
Poema Registrado
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