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sábado, 27 de março de 2010

Sobre meninos e meninas, ou pequeno ensaio sobre o amor

Recentemente tenho pensado sobre o assunto das novas constituições de supostos pares românticos... Sou enfático em ressaltar que acredito em costume, cartão de crédito, interesse, sexo, solidão, companhia, tesão, mas duvido do amor!
Sim duvido!
Me dizem às vezes: "mas a sua mãe te ama!"
Respondo: minha mãe me protege, tem um tremendo sentimento de posse sobre mim, cuida de coisas que gosto ou preciso e ela deseja manter as coisas como estão... Nada disso é amor!
Não estou dizendo que ela não me ame, mas nem tudo o que dizem por aí que é amor é de fato esse sentimento, digamos falacioso, ou melhor, falaciado!

Quando as pessoas dizem "amar" as outras, por vezes significa uma superdosagem de egoísto ou ainda uma submedida de confiança... Amor é sentimento dos deuses, e nós, teomorfos que somos, temos a audácia de nos sentir aptos a ter no peito, dentro de um músculo, a capacidade de fazer pelo outro sem esperar nada em troca! Até criamos expressões antagônicas como "amor exigente" que por hora quer dizer que ama mas espera o comportamento correto do pseudo-objeto de devoção.

Ah o amor! O amor é uma dor! Amar deve significar incondicionalidade, ou seja, se fosse possível amar alguém apanharíamos hoje e amanhã, com a aura de um santo acolheríamos o amor lutador com o mais doce beijo, pois "amamos aqueles que mais precisam".

Talvez o que mais precisa seja eu mesmo... Eu vou me amar! Não! EU ME AMO! Mas é verdade que trabalho demais, levo desaforos para casa, saio com pessoas que não valem um saco de pipoca, me esforço por quem nem sabe o meu nome... Como eu me amo loucamente!

Por fim, para não ser sarcástico... Vou preferir o tesão!

Rafael Paixão
Crônica Registrada

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