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sábado, 27 de setembro de 2008

Roda Gigante (iii)

Sorriso é a sincera prece da felicidade.
Felicidade é o tempero das idéias.
Idéias são asas de todos os sonhadores.
Sonhadores são pessoas capazes de um sorriso.

Rafael Paixão
Poema Registrado

Roda Gigante (ii)

Serenata é uma atitude musical de insanidade.
Insanidade é a fuga de agir como os outros.
Outros, sentido para solidão, são do meu céu as estrelas.
Estrelas são objetos criados para existir em serenata.

Rafael Paixão
Poema Registrado

Roda Gigante (i)

Incredulidade é um torcicolo na fé.
Fé é a capacidade de fazer o impossível.
Impossível é aquilo que ainda não desejamos com fortaleza.
Fortaleza é manter-se de pé mesmo frente a incredulidade.

Rafael Paixão
Poema Registrado

O fim

A sorte vem como um velho LP...
Disforme sonoridade que fascina!
Mas tenho medo do segredo
que ela vem me trazer aqui no peito.

Nem sempre aquilo que me querem
é o que desejo pra mim... em mim...
Vejo ao longe aquele vilarejo azul
no qual embaralhavamos pernas.

Mas hoje já não viajamos por aí
e assim temos uma lembrança
dos dias em que queriamos o fim...
O fim onde ia sobrar só eu e você!

Rafael Paixão
Poema Registrado

Moinho d'água

As harpas tangiam o céu
e a verdade que tínhamos
era a mais pura mentira...
Me abrigava na briga!

Como a água, sei que o tempo corre...

Buscava encontrar-me,
porém, te perdi... E...
hoje esqueço de mim!
E vivo por você... em você!

O tempo assoreia! Cobra de mim as buscas.

Imagino onde estás,
tenho pena de mim,
tenho pena de ti!
Vivo a remoer-nos...

O tempo, senhor da vida: move o moinho...

Quero assim, com ânsia
impregnar-me de ti...
Para que - com amor -
possas cuidar novamente.

A exemplo dum rio, o tempo corre num só sentido!

Sejamos regados pelo sorriso
distante e escondido...
Cuidados nos olhares
que se cruzam em desejo.

Rafael Paixão
Poema Registrado

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Destruição...

Hoje te avistei em tua nau...
Queria saudar-te, mas não!
Tu não mereces meu aceno,
não mereces meu sorriso.

E com toda nossa arrogância
destruímos-nos nus...
Eu com tantas outras 
e tu com a falsidade.

Rafael Paixão
Poema Registrado

sábado, 20 de setembro de 2008

Paleta de Cores

O meu asco lhe atinge...
Ele é sutil, porém enegrecido!
Nele se misturam cores
dos acontecimentos.

Há o vermelho daquelas noites,
o verde do olhar, a azul do teu mar,
o dourado do poder,
o prateado do luar em pelo...

Tantas cores misturadas que
se perderam... Nos perdemos...
Sonhos feitos juntos se realizam!
O sonho acabou, pois morreu comigo!

Rafael Paixão
Poema Registrado

Doença

Queria vazar-lhe os olhos...
Não te odeio!
Somente não quero
que eles brilhem
ao fitar outros olhos...

Rafael Paixão
Poema Registrado

Ânsia

O ritmo frenético da minha ansiedade
mostra a intensidade do meu desejo.
Expõe para mim e para outros a minha certeza
da distância das realizações almejadas.


Rafael Paixão
Poema Registrado

O crime e a saudade

A dor da saudade é física...
Aperta o peito e aflige o ser.
Ela corrói o homem
e o transforma em fel.

Saudade rima com melancolia...
Saga de quem ama o nada!
Amor impossível que
alimenta a putrefação do sorriso.

Morreu a alegria de olhar este
moderno mundo que me cerca.
Sou eu que me julgo a cada dia
sofrendo a culpa que me tenho.

Rafael Paixão
Poema Registrado

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Grades...

Olho pela janela... Há grades!
Estas grades me remetem
a um estranho paradigma:
Elas são vice e versa?

Grades que me protegem
e me aprisionam...
Grades que me mantém
longe dos outros!

Grades que mantém
os outros longe de mim!
Grades que protegem o são
e resguardam do louco...

Olho para todos os lados
e vejo as grades... às grades.
Amor... Ócio... Culpa!
Arrependimento... dor...

Não posso viver sem grades,
pois tenho medo de tudo.
Não posso continuar com grades,
pois tudo tem medo de mim.

Quão obtuso é este dilema,
que consome a razão das coisas?
Consome minhas razões...
Me consome!

Rafael Paixão
Poema Registrado